(2009)
Minha vida vocês encontrarão nos autos.
Meus pecados o acusador recitará,
um a um, sem pestanejar.
Minhas vivências e crenças,
A base de suas sentenças,
estão espalhadas em fragmentados poemas.
Meus passos em falso,
meus pequenos delitos,
minhas contravenções e crimes sem castigo.
Vocês têm observado quem sou,
e lido o que penso.
Minha história está exposta.
Agora, julguem com bom senso.
Se o juízo é inevitável,
ponham-se, ao menos, no meu lugar.
Pois talvez vocês tenham feito o mesmo
que estão hoje a condenar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário