domingo, 3 de fevereiro de 2013

Homens em Homs

Há muitos homens em Homs.
Há muitas mulheres
e jovens rebeldes.
Haverão também vermes?

Há muitos vermes em Homs.
Vermes vigias,
apontando suas armas contra
o levante da democracia.

Desatou-se o nó sobre o pescoço
da população síria
que, maltratada,
sob as rajadas das balas agoniza.

Não há dó.

O furor dos tanques de batalha
decepa como a navalha.
Não há massacre que lhes basta.

Poças de sangue a céu aberto,
Buracos nas fachadas das casas.
O povo salpicado no fogo
que lambe as construções derrubadas.

Há esperança em Homs?

Há desconfiança entre os homens.
Se nada poderá ser como antes,
só nos resta confiar nos infantes.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A era da desinformação

Cheguei à conclusão de que vivemos numa época em que, quanto mais se conhece, menos se sabe. Temos muita informação mas esta, geralmente, está viciada. Em 99% das vezes não se reproduz a verdade. A era da informação nos prega a ilusão de que estamos bem informados, quando na verdade quase nada sabemos. Estamos sendo iludidos continuamente. Por quem? Eu não sei, mas com certeza alguém se beneficia disso. Estamos perdendo tempo e energia com um conhecimento que logo irá se evaporar. Talvez seja o caso de rever algumas coisas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Guerras Mentais

Cansado das guerras mentais,
Estou questionando as respostas banais.
Quando a razão do meu sofrimento
está nessas guerras mentais.

Cansado destas guerras mentais.
Estou buscando novos ideais,
pensamentos positivos precursores da paz,
pois o inimigo não está na frente ou atrás.

Não há como fugir das guerras mentais.

O céu estaria negro em pleno verão no Rio de Janeiro.

Os alpes suíços ficariam descobertos na estação do inverno.

A Holanda não veria as tulipas abertas na primavera.

As aves migratórias não entenderiam os sinais
se o mundo fosse devastado pelas guerras mentais.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Vamos falar de amor

Vamos falar de amor
nestes tempos de horror.

Enquanto o mundo vê alegria
na sua própria hemorragia,
enfeitiçado pela ira

Vamos falar de amor

enquanto as árvores derem frutos
e os nossos filhos sonharem com o futuro
Vamos falar de amor.

enquanto pudermos praticar a velha dança
enquanto verde for a esperança
enquanto existir o sorriso das crianças
Vamos falar de amor.

Vamos falar de amor
nestes tempos de horror

Quando a cidade ganhar novas grades
Quando a violência for erguida como estandarte
Quando a opulência superar a dignidade
Quando a justiça não perseguir a equidade
Quando ninguém tiver sede da verdade
Quando ser cego for uma qualidade

Vamos falar de amor.

Até quando?
Até quando?

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sobre a atração.

Quando uma bela mulher sentar-se ao seu lado no banco do ônibus, do metrô ou em algum outro assento dentre tantos outros disponíveis para se acomodar, pode ser um bom sinal. É como se uma borboleta resolvesse dar voltas sobre a sua cabeça. É como o pássaro que decide pousar perto de ti. Significa que a sua presença não intimida nem afasta; Pelo contrário, é agradável, suave, harmônica, segura, atraente.

Esta é apenas uma hipótese.

terça-feira, 5 de abril de 2011

eu penso em você

(De alguns meses atrás)

(Estas são apenas palavras sinceras do meu coração, sem pretensões formalísticas ou de poema. Esqueçam as regras, isto nada mais é do que um pequeno rio fluindo do meu peito)



Eu penso em você, incessantemente penso em você.
Eu penso em você, sem saber se pensas em mim.
Eu penso ao meio-dia e penso antes de dormir.

Eu penso quando deveria estudar.
Imagino quão bom seria contigo estar.

Eu não tenho nenhuma musa atual, exceto você.
Todos os amores e as antigas dores voaram,
tal como a areia da praia se dispersa com o sopro do ar.


É díficil pôr em palavras rimadas, em poesia musicada
o que sinto pela minha amada.

Aquela que desconhece o meu amor,
(que é) capaz de abrir as trancas d'um homem truncado.

Qualquer ruído externo à essa exteriorização de sentimentos é capaz de me enervar!
Nada há de impedir esta declaração! A não ser a morte do coração.


Mas quando sinto este sentimento nada me faz crer no fracasso do amor.
Mas quando sinto esta solidão, preferiria me apagar na escuridão.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Carta aberta ao fundador do PROL - Revoltados Online, Marcello Reis.

Carta aberta ao fundador do PROL - Revoltados Online, Marcello Reis.

Nos últimos dias, presenciamos discussões acerca das declarações proferidas pelo deputado federal Jair Bolsonaro em programa de televisão, ofensivas às mulheres, aos homossexuais e negros(as).

Em momento algum presenciamos a sua manifestação quanto ao ocorrido. Outras pessoas, contudo, manifestaram-se pessoalmente utilizando a conta do facebook “Revoltados Online” (ex: Bruno Toscano e Marcos Maher) de forma solidária (pelo menos parcialmente) ao pensamento de Bolsonaro, dando a entender que esta seria a visão daqueles que administram o movimento.

Como o Sr. é o fundador deste grupo, gostaria que expusesse, de forma clara, as suas considerações particulares e o posicionamento do PROL – REVOLTADOS ONLINE quanto aos seguintes tópicos: a) A Discriminação racial e de gênero; b) O Respeito às minorias, em particular no que tange à homofobia; e c)A ditadura militar brasileira (entre os anos de 1964 a 1985) e os seus crimes.

Partindo dos pontos acima elencados, pergunto: O Sr. Marcello Reis e o PROL - REVOLTADOS ONLINE aprovam ou desaprovam as declarações proferidas pelo Deputado Federal Jair Bolsonaro?

O intuito é de que saibamos a real posição do movimento quanto a este caso em particular, bem como tenhamos conhecimento dos verdadeiros valores que permeiam a atuação deste grupo.

Aguardo a sua manifestação pública, na qualidade de fundador do movimento. Com a veiculação destes esclarecimentos, cada membro da comunidade poderá optar pela decisão que melhor se adequar às suas considerações pessoais.

Peço ao Sr. que veicule estes esclarecimentos não somente no facebook, mas também no blog “http://revoltadosonline.blogspot.com/”, a título de informação e transparência.

Grato pela atenção,

Victor.