Há muitos homens em Homs.
Há muitas mulheres
e jovens rebeldes.
Haverão também vermes?
Há muitos vermes em Homs.
Vermes vigias,
apontando suas armas contra
o levante da democracia.
Desatou-se o nó sobre o pescoço
da população síria
que, maltratada,
sob as rajadas das balas agoniza.
Não há dó.
O furor dos tanques de batalha
decepa como a navalha.
Não há massacre que lhes basta.
Poças de sangue a céu aberto,
Buracos nas fachadas das casas.
O povo salpicado no fogo
que lambe as construções derrubadas.
Há esperança em Homs?
Há desconfiança entre os homens.
Se nada poderá ser como antes,
só nos resta confiar nos infantes.